Análise Assassins Creed Odyssey - DLC 1
Após o término da história principal do jogo base temos a continuidade em o Legado da Primeira Lâmina.
Nela você volta com seu misthios em novas aventuras que são dividas em 3 partes/capítulos e como o próprio título da DLC sugere você se depara finalmente com a hidden blade ("Primeira Lâmina") marca consagrada dos assassinos.
Com relação a isso temos um novo personagem principal com grande destaque chamado Darius, esse presente em vários Assassin's Creed anteriores mas até então só por via de estátuas, escritas ou outras pessoas que mencionam seu nome.
Darius é quem empunha a hidden blade e teoricamente da impulso pra fazer a ligação dessa DLC e até mesmo A.C. Odyssey com o jogo anterior Origins, com referências ao Egito e tudo mais. Como de costume não vou ir mais longe do que aqui pra evitar spoilers.
Felizmente é bom ver algum elemento que tentaram trazer de volta dos jogos clássicos da série e que praticamente todo jogador de A.C. é fã.
A história do jogo durante as 3 partes se passa por todo o mundo grego, sendo mais específico cada parte fica concentrada em uma região apenas. É muito ruim a falta de novidade na hora de explorar os novos locais afinal você esta indo de volta em lugares que já visitou com certeza anteriormente e não tem basicamente nada de novo pra vê ou fazer neles; a não ser por novas missões secundárias que novamente são chatas e bem repetidas do jogo base, só que da para serem feitas bem mais rápidas em menos tempo, pelo menos tem isso de positivo.
Temos novos inimigos que tinham só aparecido até essa altura do jogo no mar, os persas. Com eles temos novas roupas características da sua cultura, assim como suas armas de ataque mas sua movimentação, variedade de ataques e demais propriedades são iguais ao do jogo base, ou seja, é como se tivesse enfrentando espartanos ou atenienses mas apenas com novas skins.
Tendo mencionado o texto acima, não preciso nem falar que os modelos das faces dos personagens quase não tem variedades e são os mesmos reciclados de Odyssey, até do vilão principal é o mesmo usado pros cidadãos que circulam nas cidades. Mais uma vez o capricho passou longe por parte da Ubisoft.
Para dar mais vida ao jogo e sobretudo o que fazer, existe uma nova aba chamada Ordem dos Anciões dentro dos Cultistas. Que a ideia é 100% igual ao dos Cultistas, procurar pistas, achá-los pessoalmente e confronta-los. Embora seja uma repetição, é legal perder um tempinho indo atrás de cada um deles, e alguns tem até diálogos "filosóficos" com seu personagem no decorrer.
Falando em novo conteúdo, temos também novos equipamentos com traços persas; são poucos mas é melhor que nada. Existe também uma participação especial para seu navio, com um novo arsenal para ele; bem útil nas batalhas em alto mar e quando cercado por muitos outros navios inimigos.
Na DLC, principalmente na parte 2 e 3 tentam dar um toque mais dramático pro seu personagem, porém a direção do jogo ao mesmo tempo que tenta passar esse sentimento, mata ele de forma rápida com sérios problemas de continuidade nas animações; chega em determinados momentos que se existe por exemplo: animação A, seguida pela B e sucessivamente pela C, parece que pegam somente a A e C e alguém esqueceu de trabalhar na B. Fica tudo picotado e com sequências bem desajustadas, como eu disse "mata" qualquer drama ou outra coisa que tivessem planejado, parece que foi feito tudo as pressas e botaram a DLC pra lançar do jeito que podiam.
Como o Legado da Primeira Lâmina se passa na ambientação do jogo base, igualmente os mesmos bugs e problemas continuam.
Tudo aliado a péssima IA, inimigos andando tranquilamente enquanto outros do seu lado são mortos e não veem ou escutam nada, alguns flutuando ou ficando travados em algum objeto no caminho por não saberem desviar, dentre outros milhares que existem. Acho que único ponto que se salva são os confrontos em alto mar, usar seu navio muitas vezes é a melhor forma de evitar dor de cabeça.
Fecho dizendo que os dubladores pt-br originais de Odyssey retornam para seus papéis e continuam fazendo um excelente trabalho, com destaque dessa vez para as vozes femininas que tem melhor entonação e combinam mais com suas personagens.
Conclusão: Legacy of the First Blade tinha tudo para dar certo mas a vontade de faturar dinheiro veio em primeiro lugar e esqueceram de fazer um produto mais alinhado com sua ideia. Como resultado temos uma DLC bem fraca e nitidamente é uma extensão em forma de cópia do jogo base e que deveria ter sido dada de graça para todos os jogadores.
Avaliação: Ruim
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