Assassin's Creed Odyssey - O Destino de Atlântida / The Fate of Atlantis

Assassin's Creed Odyssey - DLC 2


Diferente do jogo base que tinha uma séria ausência da participação dos Deuses gregos em sua história, em o Destino de Atlântida é o inverso e não faltam divindades.

Igualmente a DLC anterior, esta é divida em 3 partes/capítulos e cada um delas tem suas próprias características e novos mundos. Vou fazer um compacto analisando um pouco de cada uma delas mas quase tudo que esta presente na parte 1 se repete nas demais...

Após fazer a introdução inicial com Layla Hassan em busca do aprendizado para seu novo bastão de Hermes Trismegistus que embora rápido é chato pela personagem bem superficial e controles ruins, é transportado para a parte 1 com Alexios ou Kassandra; você cai no Elísio (ou Campos Elísios, como preferir). Este novo mapa é literalmente o paraíso, para onde as pessoas que tiveram uma vida honrada tem passagem garantida após sua morte; nele contamos com a presença da Deusa Perséfone (esposa de Hades) como líder suprema do local e que não gosta de ser contrariada, sendo daí o ponto de partida sua nova jornada.
O próprio paraíso vira um caos quando Perséfone quer controlar a tudo e todos, formando uma rebelião dos humanos contra ela e é claro que você não estaria fora dessa rsrsrs. Não vou abordar mais sobre a história pelo fato de não querer da spoilers e ser bem curto durante as 3 partes mas garanto que é muito melhor que a que se passa na Grécia antiga. Fica a informação que essa DLC é focada nos materiais Isu (insumo tecnológico muito avançado) e com predominância gira ao entorno disso.  

Nesse novo mapa diferente do jogo base que é enorme e super "vazio", temos um bem mais reduzido divido em somente 4 regiões, finalmente aprenderam que tamanho não é qualidade.
Nele continua presente sua bela direção artística com cores bem vivas e fortes pelos campos, montanhas, cavernas e rios só que mais rico em detalhes internos e fugindo do rotineiro copiar colar; dificilmente verá uma caverna igual a outra por exemplo.
Não temos mais a transição do dia, e isso ajudou mais na parte de iluminação principalmente em ambientes que entram frestas de luz perante a escuridão, da pra vê claramente que fizeram um trabalho melhor nesse sentido.


As missões são mais atrativas e deixam de ser bobas e repetitivas, nelas temos um diálogo mais elaborado, inteligente e que suas escolhas tem um impacto realmente mais profundo no que acontece, afetando efetivamente outros personagens e obviamente sua história. Só que o tom hilariante e sarcástico de seu personagem ainda continua para felicidades de todos.

Ficou de fora por toda a DLC o sistema de mercenários, dos cultistas e não é possível usar seu navio em parte alguma, seria muito bom ter uma nova opção de busca e recompensa para nos entreter com a ausência dos motivos anteriores mas deixaram passar em branco sem adicionar nenhuma nova aba.

Temos novos itens de ataque e defesa com estética Isu bem bonitos e chamativos, ficando boa parte com tons mais dourados ou de bronze e até mesmo alguns traços de neon (imitando o traje do Homem de Ferro da Marvel), seus atributos também incluem outros novos não vistos até então e alguns são bem interessantes para serem testados em batalha.

Seu personagem não adquiri novos golpes básicos e tem somente algumas poucas novas variações de habilidades para arco e flecha, corpo a corpo e assassino, chamados de aprimoramento mas estas poucas são completamente inovadoras, incentivadas a aprende-las e não devem ser deixadas de lado em sua exploração, afinal você terá novos inimigos que são o ponto alto desta DLC.
É muito mais fácil conseguir arranjar novos pontos de habilidade e passar de nível, pois em cada canto do mapa esta repleto de lugares para farmar, engajando assim sua vontade por querer conhecer as novas habilidades e tirar seu proveito máximo.

Creio que após enfrentar centenas ou milhares de espartanos e atenienses você já esta acostumado e até de saco cheio das batalhas, mas em Destino de Atlântida temos os novos inimigos Isu. Esses novos oponentes são humanos "possuídos" e colossus, mais difíceis por usarem magia e alguns truques no combate. Alguns criam áreas que você não pode usar ou congelam sua barra de habilidades, se teletransportam, soltam raios de energia, dentre vários outros golpes e combos inéditos; se prepare para uma nova adaptação porque será exigida.
Felizmente o combate é menos bugado e seu mapa não tem muitos problemas técnicos para atrapalhar quando em conflito ou exploração.

A inteligência artificial continua com os mesmos problemas que relatei na análise do jogo base, devido a usarem a mesma engine e falta de interesse por resolverem suas falhas. Só que na DLC os inimigos não chamam tanta atenção pros erros grosseiros pois boa parte deles ficam mais estáticos em seus locais e não fazem tantas patrulhas como antes, como consequência mitigando os problemas de IA.

A parte 2 se passa no Submundo dos mortos e tem como figura Hades com seu gosto sádico e enigmático dando continuidade a sua história e missões bem originais.

Igual a parte 1, temos novos equipamentos, habilidades e personagens. Este último conta com a presença de alguns velhos amigos (ou não) da trama original que foram mortos, e o melhor de tudo é que durante as missões principal e/ou secundária que pode escolher em ajudá-los ou mandá-los pra arder no fogo do Deus do Submundo.
Temos novos inimigos como os cães de Hades que são tipo patrulheiros das estradas e atacam mais ferozmente que qualquer outro animal, espectros de mortos (que fugiram do Tártaro/inferno) que somente podem ser derrotados após ativar um local revelando assim suas verdadeiras formas e também os conhecidos Isu do Elísio, aliviando a mesmice que o jogo poderia proporcionar a essa altura.


Existe uma nova aba no menu interno que é chamada Os Caídos e seria similar ao de mercenários, que deve ir atrás deles e confrontá-los. Novamente volta ser maneiro procurar oponentes escondidos, únicos e com itens muito especiais e bonitos que valem a pena.

Seu mapa é menor que o anterior tendo apenas 3 regiões mas a pouca dimensão capta a essência do submundo e tormento dos mortos muito bem, e abusando das cores cinza, preto e amarelo. Reclamo na hora de fazer parkour/escaladas por diversas vezes travar em pedaços de superfícies que não dão para se mexer porque o personagem não os reconhece como área de movimento, sendo obrigado a fazer um novo caminho.
É um absurdo os efeitos de névoa por quase todo o submundo que surgem de forma abrupta porém eles mais atrapalham do que qualquer outra coisa, dificultando visualizar qualquer coisa a sua frente e não é nenhum pouco natural. E do mesmo jeito que surgem, também desaparecem repentinamente; seu uso em excesso é facilitado pela falta de transição do dia.

A iluminação em cavernas e lugares fechados volta a ser repulsivo, ficando um breu e bastante ruim pra enxergar, com pontos de claridade espalhados em cantos sugerindo que são luzes e seus reflexos, que na real não resolvem a escuridão ou dão sensação de melhoria.

Uma ressalva é que para mim a escolha de modelo da personagem do Hades deixou a desejar, não é tão sombrio e não inspira tanto medo igual conhecemos no filmes, séries, livros, etc.

Já na parte 3 e final da DLC, temos realmente Atlântida (ou Atlantis) com Poseidon e seus filhos em seu reino aquático.


Mais uma vez surgem novas habilidades e equipamentos para uso, temos a companhia inimiga dos mesmos Isu presente no Elísio só que com grande variação de golpes e alguns até imitando as habilidades do seu personagem; invadir um local fortificado por eles garante muitos minutos de luta e mortes certas.

Agora o mapa tem uma região de três áreas mas fisicamente é como se fosse uma, com foco na beleza e tecnologia avançada de Atlantis, com um palácio central e pequenos pedaços de terra ao seu redor para explorar. Tem uma nova artimanha que usam para prolongar a DLC, que só é liberado poder passar por determinadas portas após subir seu nível de "conhecimento", este obtido somente com exploração e busca por determinados artefatos, ou seja, você é obrigado a examinar um pouco mais dos locais para realizar certas missões ou buscar itens. Eu curto essa nova ideia pro capítulo final mas acredito que muitos vão odiar.
Voltamos a ter a transição do dia aqui e com isso problemas de efeitos de iluminação ao entardecer e escurecer.

Infelizmente nessa etapa não temos mais Os Caídos e fica um espaço sem novidades extras. Em contra partida temos 3 itens lendários que tem perks excelentes e bem apelões, que para criá-los são necessários coletar determinada quantidade de Adamantium.
Diferente da parte 1 e 2 não temos tantas missões secundárias e da para fechar mais rápido que as demais.
Me deparei somente duas vezes com um bug mais crítico que me travou e congelou  meu personagem em paredes na hora do parkour e fui obrigou a resetar pro último checkpoint, fazendo eu perder uns 5 minutos de jogo. Nada que atrapalhe muito mas sempre é ruim quando isso acontece né.

Conclusão: O Destino de Atlântida é uma aventura obrigatória para quem curtiu o visto na Odisséia mas com novos adicionais de conteúdo que ficaram pendentes desde seu lançamento e deram as graças finalmente nesta DLC, destaque para as divindades, seus mapas menores e mais completos de afazeres e pouquíssimos bugs se comparado ao jogo base ou DLC 1.

Avaliação: Ótimo.

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